quarta-feira, 29 de junho de 2011

Superexposição na web deixa nossa reputação mais vulnerável

Guilherme Genestreti, Juliana Vines  de São Paulo

Tudo o que você coloca na internet pode ser usado contra você. Fotos de um momento festivo, discussões, tuítes atravessados.
"Nem com todo dinheiro do mundo é possível limpar uma reputação manchada na internet", diz o perito digital Wanderson Castilho, da E-Net Security.
 A exposição virtual e a velocidade da web mudaram o conceito de reputação. "Nossa imagem está mais vulnerável. Pode ser confrontada com o que postamos", diz o sociólogo Sergio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC.
 O conceito de reputação virtual não poderia estar mais em alta. O Google acaba de lançar uma ferramenta, a "Eu na Web", para que o usuário monitore o que falam dele por aí.
 Há quem ganhe para cuidar da imagem alheia e limpar um passado virtual, como Owen Tripp, cofundador da Reputation.com, com sede nos EUA. "Temos 160 empregados especializados em reputação online. Monitoramos publicações, fazemos relatórios e enviamos alertas", disse à Folha. A limpeza de rastros pode custar de US$ 100 a US$ 10 mil, diz Tripp.
 No Brasil, José Milagre, perito digital da Legaltech, diz que conserta até imagem de morto. "Trabalhamos com conteúdos positivos que empurram os resultados 'negativos' para baixo." Trocado em miúdos, significa manipular os resultados do Google para que os dados positivos da pessoa apareçam no topo de uma pesquisa.
 Mas há casos que nem peritos resolvem.
 Que o diga a apresentadora de TV Rose Leonel, 41, de Maringá (PR). Há cinco anos, fotos em que ela aparecia nua foram publicadas em 7 milhões de sites pornôs pelo mundo.
 Segundo Rose, seu ex-namorado disparou 15 mil e-mails com as imagens para os moradores de Maringá.
 "As pessoas me olham, eu já sei o que pensam. Não me olham como vítima. Condenam quem está exposto e não querem saber quem foi que expôs."
 A apresentadora perdeu o emprego de colunista social. Em 2010, o ex foi condenado a um ano e 11 meses por difamação, mas recorreu.
 Rose quer criar uma ONG para dar apoio jurídico e psicológico a mulheres que passaram pelo mesmo problema. E ainda há mais de 780 mil links relacionando pornografia ao seu nome, segundo o perito Castilho, que cuidou do caso. "Se o escândalo é muito grande, é impossível limpar. Eu digo: 'Rose, seus netos verão você nua."


É difícil prever a repercussão de uma postagem na rede. "Ainda não dominamos essa linguagem", diz a psicóloga Rosa Maria Farah, da PUC-SP.
 Segundo Farah, isso justifica alguns deslizes e escândalos. Outra hipótese é a de que, quando estamos online, perdemos um pouco a capacidade de crítica.
 "Há uma sensação de anonimato e privacidade quando se está online. É comum as pessoas entrarem em estado alterado de consciência, semelhante ao sonhar."
 Para a psicóloga Dora Sampaio Góes, do Hospital das Clínicas de SP, gostamos mesmo de aparecer. "Queremos vender uma identidade."
 O problema é confundir o íntimo com o social e tornar público o particular, segundo ela. "Usamos as redes sociais como se fossem nosso quarto. Há uma deturpação da noção de intimidade."
 Owen Tripp diz mais: "O que antes escreviam na porta do banheiro vai hoje para o mural do Facebook."
 E há um preço a pagar. A advogada Patricia Peck, especialista em direito digital, diz que falta a todos uma noção do risco real na internet. "As pessoas podem falar o que pensam, mas respondem pelo que dizem."
 Faça a conta: se você tem 200 amigos no Facebook e cada um também tem 200, uma postagem sua pode chegar a 40 mil pessoas que você nem tem ideia de quem sejam.
 Assustador, não? Mas não é preciso apagar o perfil em todas as redes sociais. Alex Primo, professor de comunicação da UFRGS, diz que é possível separar o profissional do pessoal em redes sociais com listas e configurações de privacidade.
 Mas reconhece que a internet é um convite à exposição. "Quanto mais você se expõe, mais vantagens pode receber. Só posso usar ferramentas do Google se der os meus dados. O Facebook só é divertido quando atualizamos."


terça-feira, 28 de junho de 2011


Social Media Day - Goiânia
o próximo dia 30 de junho acontecerá o Social Media Day em Goiânia com o tema "Regionalização Cultural para estratégias de marketing digital".
O Social Media Day é uma iniciativa global do Mashable para comemorar o Dia Mundial das Redes Sociais ao redor do mundo. Neste ano Goiânia se juntará ao circuito realizando um encontro cujo maior objetivo é promover a troca de idéias entre os profissionais da área. Inscreva-se e não fique de fora!
A idéia é juntar a comunidade de Mídias Sociais e Marketing Digital para comemorar, fazer networking, trocar experiências e se relacionar. Trazer um pouco para o offline a amizade e os relacionamentos adquiridos online. Comida, bebida, bate papo, diversão, sempre com muito bom humor.
Interessou? Então anota ai: 
Debatedores: André de Moraes (Tuddo Web), Tiago Alves (Seta Labs).
Mediadora: Renata Checha (Inédita Propaganda)
Data: 30 de Junho, quinta, a partir de 19h30.
Local: Restaurante Cateretê - Unidade Bueno - Av. T-2, nº 318, Setor Bueno (Consumação mínima de R$ 10 / pessoa)






Como se comporta a investidora brasileira
Por Eber Freitas, www.administradores.com.br

Qualidades essencialmente femininas ajudam mulheres a crescerem em um segmento historicamente dominado pelos homens.

Não é novidade o aumento da presença feminina em diversos setores do mercado de trabalho. Desde os altos cargos executivos até os operacionais, não há mais atividades onde elas não estejam presentes. E o mercado financeiro não se constitui uma exceção a essa regra. Historicamente dominado por homens, o setor está cedendo cada vez mais aos encantos femininos devido a competências naturais das mulheres.
Citando um estudo recente realizado pelo Barclays Capital, Aline Rabelo, supervisora da Easynvest, explica o motivo dessa vantagem. "As mulheres são pacientes, têm autocontrole, estratégia e disciplina, são abertas a ouvir quando fazem verificação de carteira, estudam melhor o mercado, o que ela vai fazer, qual a empresa da qual está se tornando sócia. Elas são mais cautelosas pra investir; se ela fez uma análise incorreta de investimento, aprende com os erros", afirma. Para ela, o sexo masculino tem excesso de confiança e assume riscos em excesso, o que pode dificultar as estratégias de investimento.
"As mulheres não investem em modelos de negócio que não entendem, buscam conhecer a empresa, e isso é muito importante para conhecer o ativo", enfatiza Rabelo. Isso implica em resultados melhores para as mulheres: o desempenho delas no mercado financeiro é 1,4% maior ao ano do que o dos homens.
A supervisora revela que no mercado financeiro como um todo, 46% das mulheres tm algum tipo de investimento. Já no mercado acionário as mulheres representam 25%. "Nos últimos 8 anos, o número de investidoras cresceu 10 vezes número inicial; parte desse crescimento está atrelado às ações da bolsa em pulverizar e diversificar os negócios", explica. Para explicar esse crescimento, Rabelo lembra que atualmente as mulheres estão mais preparadas e o mercado está bem mais acessível e aberto do que em outros tempos.
"Elas estão cada vez mais independentes, conquistaram mais espaços no mercado de trabalho, têm independência nas decisões pessoais e familiares, então aprenderam a deixar o dinheiro trabalhar por elas", diz.
Mas como nada no mundo é estático, pro que os homens não poderiam assumir competências naturais das mulheres para se dar bem no mercado financeiro? "Nada impede que homens desenvolvam essas qualidades, conforme vão aprendendo com os investimentos. Quando você parte do pressuposto de que as pessoas são racionais na hora de investir então é possível você desenvolver essas características; ao longo do período dos investimentos, você aprende muito, não são competências exclusivas", finaliza.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/como-se-comporta-a-investidora-brasileira/45762/